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EM BREVE UMA PROGRAMAÇÃO QUE TOCARÁ NO FUNDO DO SEU CORAÇÃO

Posted by Nilton Professor Ribeiro on Quarta, 17 de junho de 2015

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

“Narradores de Javé”



O filme Narradores de Javé, de Eliane Caffé (Kenoma), foi o grande vencedor do Festival do Rio, levando os prêmios de Melhor Filme do júri oficial, do popular e de Melhor Ator para José Dumont.

Narradores de Javé conta a história de um grupo de pessoas que, após saberem que a cidade onde vivem será inundada para a construção de uma usina hidrelétrica, decidem preparar um documento que conte todos os fatos históricos do local, como tentativa desesperada de salvar a cidade da destruição. O filme tem José Dumont, Matheus Nachtergaele, Nélson Dantas, Gero Camilo e Nélson Xavier no elenco.











LETRAMENTOS DO POVO DE JAVÉ

A ciência da comunicação surgiu no final século XIX, caracterizada pelo pensamento moderno, seu foco era explicar o processo de comunicação entre os seres humanos e as máquinas que surgiam e mediavam este processo. No século XX, o perfil de uma sociedade cada vez mais urbana, populosa, dispersa em muitos territórios, vivendo o evento da globalização econômica e cultural, surge a necessidade de investigar os eventos de saber-poder e a influência dos meios de comunicação em massa, isto é, grande número de pessoas que estão envolvidas com a dinâmica da invenção da sociedade comunicativa.

Esta comunicação do pensamento moderno, composta com a linguagem estruturalista, tem inicialmente, como foco o conceito de que a linguagem é natural e a produção de informação se apresenta como uma representação das coisas do mundo, como um conjunto de códigos decodificados. Sendo a comunicação uma cadeia objetiva e linear da realidade. E toda vez que acontece um “ruído” na transmissão da comunicação, este passa a ser considerado improdutivo, descartável.

Nestes séculos se produziram muitas teorias da comunicação, tais como: modelo unidirecional, modelo contextual, modelo hipertextual (POUGY, 2006), algumas das teorias corrobora com a idéia da linguagem como fenômeno natural, considerada uma vertente estruturalista da linguagem, e outras, afirmam que a linguagem é o efeito da produção discursiva, que a linguagem é produzida e inventada. A linguagem produz e é produzida pelo discurso. A comunicação se materializa em discursos que são constituídos por enunciados; são posições sobre a linguagem da vertente pós-estruturalista da linguagem.

A linguagem pós-estruturalista, tomado no sentido foucaultiano, afirma o discurso como “um conjunto de seqüências de signos, enquanto enunciados, isto é, enquanto lhes podemos atribuir modalidades particulares de existência” (FOUCAULT, 1987,p, 124). O discurso focaliza-se, em geral, em conjuntos de expressões verbais e não verbais, identificados com certas instituições ou situações sociais, como, por exemplo, o discurso da ciência, o discurso jurídico, o discurso médico, o discurso pedagógico, entre outros. No contexto pós-estruturalista, este conceito é utilizado para enfatizar o caráter da linguagem no processo de construção do mundo social. “Foucault argumenta que o discurso não descreve simplesmente objetos que lhe são exteriores: o discurso fabrica”. (SILVA, 2000, p.43). Então, o discurso mídiático faz e se faz gente, diz e anuncia o que podemos ouvir, produzindo verdades constantemente, produzindo relações de poder, numa realidade cambiante e volátil da qual estamos vivendo. Assim o discurso se agencia produzindo subjetividades: visível e invisivelmente. Com este conceito de discurso é possível afirmar que as mídias comunicativas maquinam, fabricam os modos de existir e estar no mundo. Pondo todos a viver as marcas subjetivadas e produzidas em culturas.












Ao enunciar a palavra mídia se faz necessário distinguir o termo mídia, que aqui é entendida, como todos os instrumentos criados pela tecnologia e que são usados para a comunicação entre pessoas; desde uma simples folha de papel impresso até o computador de última geração, ou seja, a tecnologia que pretende mediar relações entre as pessoas. Há movimentos diferentes em uma mídia de vídeo, de áudio, de fotografia; de cinema; também encontramos uma mídia de texto, de gráfico de animação.

A mídia é parte da produção da comunicação que a humanidade aprimorou-se, e a expressão mídia, pode estar sendo empregada nos meio de comunicações, de veículos de comunicações, de comunicações de massa, comunicação publicitária de veiculações de anúncios, comunicação de informações digitais, por exemplo: disquete, cd, canetas ópticas; pode ser também a comunicação das imagens gráficas. A mídia/cinematográfica então, está sendo tratada aqui, como um artefato cultural que constrói relações de comunicação.

Com a amplitude do conceito de mídia, faz com que esta tenha a função de produzir comunicação, e a comunicação, é um campo de conhecimento produzido pela humanidade. Podemos, assim, falar que a comunicação é sempre social e coletiva, e ela é parte dos sistemas de símbolos, pondo nesta relação uma variedade de funcionamentos, que hoje, queremos compreender o funcionamento tão complexo que envolve a comunicação cinematográfica na educação.

E na tentativa de tentar compreender essas comunicações, somos pequenos e finitos, pois, ela faz escorregar a racionalização sobre os fatos que a envolvem. Mas mesmo assim, façamos uma experimentação de reconhecer alguns dos movimentos da mídia/cinematográfica e a educação.













INTERLOCUÇÃO ENTRE O CINEMA E A EDUCAÇÃO

O filme, Narradores de Javé serve de interlocução entre a cinematografia e a educação. Coloco a escrita deste material sobre a mira dos contextos educacionais, ad-mirando, neste momento alguns atravessamentos sobre a temática letramento que vejo produzidas no contexto do filme.Claro que me não me ocuparei em discutir as questões de ênfase cinematográficas sobre o filme, até porque não tenho competência para falar sobre está área do conhecimento O interesse desta interlocução vai no sentido de buscar em NARRADORES DE JAVÉ uma leitura para tecer algumas contribuições da mídia/cinematográfica na parte pedagógica. Este ensaio passa a ser uma das possibilidades de (re)conhecer os discursos circulantes sobre o conceito de letramento no filme. Tendo a certeza de este estudo deixo muitas outras questões e áreas do conhecimento a deriva.

O que segue, então, são alguns comentários e algumas questões de cunho educacional em torno deste filme brasileiro, mesmo tento a informação de que a Diretora, não tinha essa intencionalidade ao produzi-lo. Os comentários e as questões que anuncio aqui centram momentos: apresentação do filme, as questões da cultura oral, as questões da cultura escrita e os letramentos Javélicos. Apesar do filme provocar uma enxurrada temas (comunidade, ética, raça, religião, gênero, degradação ambiental, cultura, econômica, política, história, identidade, história oral, literatura regional, preconceito lingüístico, arte e cinema) trago para o debate as questões que estudo sobre a temática letramento dos Javélicos.

NARRADORS DE JAVÉ : o filme
NARRADORES DE JAVÉ, produzido no Brasil, por Bananeiras Filmes, em 2003; escrito e dirigido pela brasileira Eliane Caffé. Os críticos de cinema o descrevem como uma comédia dramática, baseada em fatos jornalísticos. Tendo como principais atores: José Dumont, atuando como Antônio Biá, o escrevedor das memoriais orais do povo. Nelson Xavier, como Zaqueu,um dos lideres da comunidade de e narrador da história de Javé anos após o “acontecido”. O filme conta com muitos outros personagens, destaco estes, pois a análise que farei estará centrada, basicamente nestes dois personagens: Antonio Biá e Zaqueu.

O filme inicia com Zaqueu, narrando a história da cidade de Javé , anos depois desta ser inundada pela represa. A história que Zaqueu conta aconteceu no sertão da Bahia, estando a comunidade de Javé ameaçada por uma inundação da hidrelétrica, construída na região. Para tentar impedir está tragédia, os moradores do povoado resolveram escrever sua história e tentar transformá-la em patrimônio histórico, a ser preservado. Essa história tinha que ser escrita através de um documento científico: um dossiê. Mas quem poderia escrevê-la? O único adulto da comunidade, alfabetizado e bom nas “escrituras” era Antônio Biá (José Dumont). Foi ele o escolhido para escrever este documento “científico”, embora a comunidade de Javé, não confiasse nele. O povo o chamava de “sacanajeiro, enganadô”. Porque as pessoas de Javé o chamavam assim? Zaqueu conta, que no passado ele, o Biá usou do poder da escrita para enganar as pessoas. Ele era funcionário do único Posto de correios da cidade. Por ser uma comunidade não-alfabetizada, o correio passou a ser um local, quase sem função social, as pessoas não utilizavam a tecnologia da escrita no seu cotidiano. Antônio Biá, percebe a ameaça de ficar sem seu emprego, pois o correio estava para ser fechado, pela ausência de uso da escrita. Então, ele cria a estratégia para não perdê-lo. Passa a escrever cartas para outras localidades, em nome das pessoas do Vale de Javé.. Fofocas eram o conteúdo das cartas, como bem relata Zaqueu:“Ele aumentava os fatos acontecido, com malícia e difamando. Mas tudo era feito com graça e sapiência do ofício de escrever”. Ao ser descoberta sua farsa, foi expulso do centro deste vilarejo. Mas a mesma comunidade que o expulsou, a tempos atrás, naquele momento, precisava de “seus serviços”. Zaqueu ,afirma que ele teria que escrever o documento cientifico de Javé, pois ele é tido com um bom escritor: “Se Antônio Biá escreve mentira, escreve muito bem!!! E para fazê um dossiê, tem que fazê uma juntada de escrita das coisas que aconteceram por aqui...Ouvindo a nossa gente contando pela boca, a história verdadeira, a científica.”. Depois dessas declarações, Antônio Biá foi obrigado a aceitar o cargo de escrevedor. O povo passa, a contar, narrar as memórias orais, na esperança de salvá-los da moderna tecnologia, a hidrelétrica, que fará o povoado desaparecer nas águas.












O escrevedor de memórias já estava contratado, urgentemente, ele precisava ouvir os relatos das memórias, das histórias orais feitas pelos narradores de Javé, isto é, os moradores e as moradoras deste Vale. Nesta fase, do filme Biá passa visitar as casas dos moradores e pedir-lhes que conte os fatos acontecidos: “Conte as lembranças Javélicas, históricas e pré-históricas para gente por no livro a odisséia do Vale de Javé”, falava o sacanajeiro!

Javé e seu povo. Eles e elas, moços e moças, crianças, velhos, velhas, mulheres e homens, negros e negras, em sua maioria; poucos brancos e muitos mestiços, todos nordestinos; se diziam esperançosos/as ao narrarem as memórias de sua Javé. Histórias contadas de várias versões, enredos, e cenários; desde guerreiros e guerreiras, heroínas e heróis, mendigos homens sofredores de “dor de corno”. Tinha até quem dissesse que os “Javélicos e Javélicas” vieram da África. Apesar desta variedade de fatos e de versões, o fundador da cidade, o Javélico Indalécio e Mariadina, sempre apareciam nas prosas das autonarrativas do Vale. A história da vida deste povoado é a história das narrativas que ouviram, viram, e quase nada escreveram. A cada narrador uma outra história. A mesma Javé tinha sentidos diferentes, tanto para aquele que contava, quanto para aqueles/as que ouviam. Produzindo assim, multiplicidade de histórias e diferentes efeitos de sentidos. Somos, constituídos e atravessados pelas nossas histórias e pelo que narramos delas. LARROSA (1996), diz que a auto-narrativa é um dos lugares que a pessoa ocupa provisoriamente para si mesmo, com a presença de sua própria voz.
Como já referi anteriormente, Antônio Biá, passa a ser o escrevedor das memórias do povoado, o único adulto alfabetizado da comunidade. E passo Antônio Biá passa a ter o papel de transpor para o papel as falas do Vale de Javé.

E é agora que passo a extrair do filme os traços particulares sobre os letramentos do texto/filme, entendo aqui letramento: como esta comunidade vive com a tecnologia da leitura e a escrita, bem como está representada nas práticas e funções sociais do cotidiano. Acreditando que alguns traços específicos, das sociedades modernas produzem regulações e espaços de ser e de habitar para esta comunidade. Defendendo a tese de que Javé, não habita somente nas representações do analfabetismo, mas vive e produz processos de letramentos singulares.Sendo filme faz marcas dos Javélicos numa comunidade letrada, mas não alfabatizada. Passo a demarcar a seguir como este processo de letramento acontece no filme, e esta é uma das grandes contribuições do filme. Pois é possível olhar os Javélicos como pessoas politicamente potentes, pois são produtoras de linguagens, que necessariamente não são as do letramento escolar.

CENAS DOS LETRAMENTOS JAVÉLICOS

Em Javé existem muitos espaços de produções de letramento e estes são carregados de vários efeitos de sentidos para a comunidade. Cabendo, ainda, rastrear um pouco das produções de situações letradas deste povoado, para provar que estes são letrados mesmo com baio grau de escolarização e ou com nenhum nível de alfabetização. Abaixo descreverei trechos das algumas cenas do filme.

Cena 1
As paredes da casa de Antônio Biá era todas escritas, com ditos populares, parlendas, piadas, frases como esta: “aqui mora um intelectual alcolatra”.Durante todo filme é na casa dele que aparece uma estante de livros.
Na porta da frente de sua casa tinha escrito uma frase: “Proíbido entrada de analfabeto”

Cena 2
Biá era o único adulto da cidade que usava cotidianamente uma bolsa atravessada no corpo, e nela tinha um livro com folhas em branco, lápis, apontador.

Cena 3
Antônio Biá era o funcionário do posto de correio da cidade. E para manter seu emprego, enviava cartas em nome de outras pessoas. Provocando um “rebulhiço” de fofocas na cidade. Ao ser descoberto, perdeu sei emprego no correio, sendo o local fechado.

Cena 4
O sacanajeiro, Biá narra com cuidado e destreza os artefatos culturais da escrita: o lápis, a caneta, o apontador.”Eu não uso caneta. Eu não me acostumo.(nesse momento ele aponta o lápis para um analfabeto) Não sei se o senhor já vi, uma caneta corre no papel, assim, sem freio. Então, se a gente erra e quer arrumar,aí aporcalha tudo. Aí, fica aquela dessentira de tinta. O lápis é maravilho!Ele agarra o papel, ele aceita a borracha, ele obedece a mão e ao pensamento da gente. Aliás eu sou um homem que só consegue pensar a lápis”.

Cena 5
Demarcando as regras da escrita, Biá diz: “Escritura é assim, o homem curvo vira corcunda, a gente do olho torto, eu digo que é caolho. Por exemplo, se o sujeito é manco na vida então na história eu digo que ele não tem perna. É assim, das regras da escrita.”

Cena 6
A barbearia da cidade é embaixo de uma grande árvore, no centro da cidade. A placa com as indicações de preços e serviços é fixada no tronco.. “Corte de cabelo R$ 3,00”. A escrita é feita com giz branco, desenhada com letra bastão.

ANALISANDO AS CENAS DE LETRAMENTO

Com a descrição das cenas acima quero mapear alguns discursos que são específicos de um tipo de letramento e como estes constituem e produzem espaços de habitar e de ser nos moradores do povoado. As representações de letramento em torno do personagem Antônio Biá são bem diferenciadas dos da maioria dos personagens de Javé. Entendo que o letramento permite a participação de diferentes usos da escrita e da leitura no cotidiano.Pois trato letramento como um conjunto de práticas social e culturalmente determinadas pelo uso da escrita, o que caracteriza o letramento é função que a escrita exerce no cotidiano (KLEIMAN,1995). Os letramentos são práticas de instâncias sociais, são produzidas de diferentes maneiras em determinados tempos históricos. Sendo que, os fenômenos de letramentos, vão para além do mundo escrito, eles são vividos nas relações das pessoas com as instituições sociais (e das instituições com as pessoas), temos muitas das agências de letramentos no filme que produzem os muitos eventos letrados. E esses maquinamentos entre as agencias de letramentos e as relações com as pessoas, tem intensidades diferenciadas. Como é o caso de Antônio Biá e outros personagens da comunidade

Se apontar novamente para as cenas anteriores, descrevo algumas das agências que produzem discursos diferenciados de letramento, tais como: a escolas, a igreja, as famílias, o posto de correio, o bar, a barbearia, a casa de Antônio Biá (no filme vejo a casa de Biá como uma agencia de letramento) a praça, o Governo Federal. E as suas agencias produzem indícios, eventos de letramentos tais como: a placa do barbeiro, as cartas enviadas por Biá, o desejo da existência de dossiê cientifico, “a dessentiria de tinta da caneta”, os rótulos das cachaças, os alfabetizados, os não-alfabetizados, estante com livros da casa de Biá., o outdoor da hidrelétrica, as câmaras filmadoras dos engenheiros, as rezas, as músicas, o sino da igreja, o brinquedo das crianças, o lápis, o apontador, a bolsa com o livro-dossiê(livro de Biá).

Mesmos os Javélicos não sendo alfabetizados, estão inseridos nestes eventos discursos, e nestes circulam potências de letramentos (como os descritos). A alfabetização não nos dá garantia dos usos e práticas sociais da leitura e da escrita, ela é parte de um tipo de letramento, ela é uma das agencias que produz evento muito específico; o letramento escolar. Há graus de letramentos (TFOUNI, 1995), esses graus são variações de marcas dos tipos de usos e das funções da escrita no cotidiano. Pois defendo a tese que os Javélicos são letrados, embora muitos deles, em sua maioria não tenham sido alfabetizados, nem escolarizados. A alfabetização produz processos de letramentos, quase sempre na instância escolar. É um engano conceitual atrelar a alfabetização ao letramento. Ela não pode ser considerada a desencadeadora do letramento, de uma maneira universal; pois neste espaço já apresentei as inúmeras agencias que fazem circular muitos tipos e de diferentes graus de letramentos. A autora não encontra nos seus estudos contemporâneos nenhuma sociedade que grau ZERO de letramento, do ponto de vista sócio-histórico cultural, não existe produção social que viva um grau zero de letramento, portanto, iletramento, é uma palavra descartada do contexto teórico desta autora.

ENTÃO, JAVÉLICOS SÃO LETRADOS!?
Para finalizar, a argumento sobre a idéia de que os Javélicos são letrados, mesmo sendo não-alfabetizados, trago a autora TFOUNI (1995) que me possibilidade fazer essa afirmação, pois se letramento são práticas discursivas dos usos e funções sociais da leitura e da escrita e são desenvolvidas no cotidiano das relações sociais. E com suas peculiaridades discursivas inquietam as sociedades modernas, pois essas produzem uma idéia de supremacia sobre a cultura oral, espalhando um certo desprestígio sobre outras culturas, que não sejam as gráficas. Eles produzem conexões entre as culturas, extrapolando a instância oral e escrita; movimentando outros territórios desencadeando espaços nômades. Espaços ainda não demarcados, não tão territorializados pelo capitalismo. Possibilidade do devir (processo, nem faz parte de um começo nem faz parte de um fim, podem ser espaços intermediários sem nomes) espaços prontos para outros acontecimentos acontecimento políticos e de linguagem.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Filme Narradores de Javé, Ano de Lançamento (Brasil): 2003, Estúdio: Bananeira Filmes / Gullane Filmes / Laterit Productions, Distribuição: Riofilme, Direção: Eliane Caffé, Roteiro: Luiz Alberto de Abreu e Eliane Caffé, Produção: Vânia Catani, Música: DJ Dolores e Orquestra Santa Massa, Fotografia: Hugo Kovensky, Direção de Arte: Carla Caffé, Edição: Daniel Rezende
FOUCAULT, M. As palavras e as coisas. São Paulo, Editora Martins Fontes, 1987.
KLEIMANN, Angela B. Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola. In: KLEIMANN, Angela B. Os significados do Letramento. Uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita. Campinas, SP, Editora Mercado de letras, 1995.
LARROSA, Jorge. La experiência de la lectura. Barcelona, Laertes, 1996.
POUGY, Eliana Gomes Pereira. Educação e comunicação: pelas vias de uma didática da obra de arte. Universidade de São Paulo, Faculdade de Educação, Pós-Graduação em Educação, Dissertação de Mestrado, São Paulo, 2006.
SILVA, Tomaz Tadeu. Teoria Cultural e educação. Um vocabulário crítico. Belo Horizonte, Autêntica, 2000.
TFOUNI, Leda Verdiani. Letramento e alfabetização. São Paulo, Editora Cortez. 1995.
http://www.narradoresdejave.com.br

Sônia Regina da Luz Matos
Professora da Universidade de Caxias do Sul- RS 
Centro de Filosofia e Educação




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agradeço-te por permanecer sempre comigo.

Dá-me o equilíbrio entre a razão e a emoção, humildade e sabedoria para me aperfeiçoar.

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