Lembro da minha adolescencia, quando questionava o por que de estudar matérias que não teriam o menor sentido pra minha vida profissional. Até hoje não entendo muito bem o sistema educacional do Brasil (risos), mas uma coisa eu consegui entender: estudar faz bem!
Trabalhando com demencias, vemos diariamente a memória de nossos pacientes se perdendo no vazio. Nos esforçamos, com técnicas bem estruturadas, para manter o que ainda resiste sobre a doença, mas confesso que nem sempre é uma tarefa fácil.
Também conseguimos observar que, quem teve uma grande escolaridade, acaba permanecendo mais estável perante uma demência do que outros que tiveram baixa escolaridade ou analfabeto.
Isso se deve ao fato de que, quanto mais usamos nosso cérebro, mais estimulamos a criação de novos neurônios e o aumento de redes de conexão entre eles, aumentando a nossa capacidade cognitiva. Isso é o que chamamos de "Reserva Cognitiva" - é como se criássemos um estoque de informações com a estimulação ao longo da nossa vida, e por isso, o estudo contribui bastante nessa história.
Não só falo da "Reserva Cognitiva" em relação aos estudos, mas um conjunto de fatores: hábitos saudáveis de vida (não beber, não fumar, não ter uma dieta rica em açúcar e gorduras), cuidar da sua saúde mental (procurar sempre ajuda quando não conseguir dar conta sozinho de problemas, procurar não "engolir" os sentimentos, procurar se estressar menos), ter uma rede social (fazer amigos), obter prazer da vida (sair, se divertir, viver) e praticar atividades físicas e, claro, estimular sempre suas capacidades cerebrais!
Esse conjunto proporciona a uma pessoa, além de uma "Reserva Cognitiva", uma boa qualidade de vida.
Mas infelizmente, isso não é uma prevenção contra uma demência. Infelizmente, ter esse conjunto de fatores bons a nossa vida não faz com que uma pessoa se livre da possibilidade de ter um Alzheimer.
Costumamos dizer que essa "reserva" pode proporcionar uma proteção, um fator protetor, como chamamos. porém, esse fator protetor faz com que, caso desenvolva uma doença neurodegenerativa, tenha mais recursos frente a doença - fazendo com que, mesmo "perdendo" memória, a pessoa possa ter uma melhor qualidade de vida por conta daquela "reserva" feita lá no passado, ao passo que uma pessoa que não se preparou, pode ter o curso da doença bem mais acelerado e com bem menos qualidade de vida.
Não só falo da "Reserva Cognitiva" em relação aos estudos, mas um conjunto de fatores: hábitos saudáveis de vida (não beber, não fumar, não ter uma dieta rica em açúcar e gorduras), cuidar da sua saúde mental (procurar sempre ajuda quando não conseguir dar conta sozinho de problemas, procurar não "engolir" os sentimentos, procurar se estressar menos), ter uma rede social (fazer amigos), obter prazer da vida (sair, se divertir, viver) e praticar atividades físicas e, claro, estimular sempre suas capacidades cerebrais!
Esse conjunto proporciona a uma pessoa, além de uma "Reserva Cognitiva", uma boa qualidade de vida.
Mas infelizmente, isso não é uma prevenção contra uma demência. Infelizmente, ter esse conjunto de fatores bons a nossa vida não faz com que uma pessoa se livre da possibilidade de ter um Alzheimer.
Costumamos dizer que essa "reserva" pode proporcionar uma proteção, um fator protetor, como chamamos. porém, esse fator protetor faz com que, caso desenvolva uma doença neurodegenerativa, tenha mais recursos frente a doença - fazendo com que, mesmo "perdendo" memória, a pessoa possa ter uma melhor qualidade de vida por conta daquela "reserva" feita lá no passado, ao passo que uma pessoa que não se preparou, pode ter o curso da doença bem mais acelerado e com bem menos qualidade de vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A PAZ NÃO SE IMPROVISA, ELA SE CONSTROI ATRAVÉS DE VALORES UNIVERSAIS.WWW.ARASSUARTES.COM.BR