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Posted by Nilton Professor Ribeiro on Quarta, 17 de junho de 2015

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

As transformações da ferrovia através de fotos

As transformações da ferrovia através de fotos

Antes de entrar no universo da pesquisa histórica, achava muito confuso a dança de siglas que apareciam, referentes à ferrovia, na cidade em que nasci e cresci.Da Praça dos Ferroviários, via a sigla EFOM estampada na fachada frontal da estação, que me disseram que era Estrada de Ferro Oeste de Minas. Mais tarde ganhei uma camiseta com uma locomotiva estampada, onde via a sigla RMV, que me revelaram ser de Rede Mineira de Viação. Nas visitas ao museu ferroviário, via também o RFFSA, com aquela logomarca inconfundível, que todos sabem ser da Rede Ferroviária Federal. O problema era que eu achava que tudo isso coexistia e estava um subordinado ao outro, ninguém conseguia me explicar o real significado de tantas siglas. Para piorar a situação, reparei que as fotografias do album do meu irmão mais velho, que iniciou a carreira de maquinista em São João del-Rei na década de 70, indicavam a existência de mais uma sigla estampada nas locomotivas, o VFCO. O que me intrigava era que apareciam a cada dia novas fotos, das mesmas locomotivas, cada vez com uma dessas siglas.
Foi quando conheci o meu amigo Hugo Caramuru que a coisa tomou uma ordem, fui compreender que era tudo parte de um processo de transformação que havia alcançado a centena de anos. Foi quando entendi o quanto tudo em minha volta era obsoleto, atrasado, anacrônico e deveras encantador. Em minha lógica e entendimento do mundo, quando meu irmão maquinista dizia que as locomotivas não funcionavam mais a lenha e sim a óleo BPF, logo achei que eram substituídas, que havia ocorrido uma "modernização" da frota durante o século XX. Aos poucos descobri que não era isso.
E lá fui eu reparar num objeto em que ainda não havia dado a devida atenção: a placa redonda que havia na lateral das locomotivas, que fui descobrir ser a identidade do veículo, sua certidão de nascimento, onde podemos saber quem fabricou, onde e quando. Fui descobrir que as locomotivas que eu assistia passar desde a infância já eram "senhoras" realmente idosas.
Placa da locomotiva EFOM 32, RMV-Oeste 210, RMV 60, VFCO 60, RFFSA 60. Foto: Jonas Carvalho
Placa da locomotiva EFOM 16, RMV-Oeste 216, RMV 66, VFCO 66, RFFSA 66. Foto: Jonas Carvalho
Placa da locomotiva EFOM 1, RMV-Oeste 1, RMV 1. Foto: Jonas Carvalho
Placa da locomotiva EFOM 44, RMV-Oeste 112, RMV 42, VFCO 42, RFFSA 42. Foto: Hugo Caramuru
O caráter de pequena ferrovia voltada para o mercado interno, com baixo fluxo de tráfego, sem grandes necessidades de investimentos em atualização tecnológica, levou à permanência das mesmas locomotivas em utilização do princípio da ferrovia, quando era a E. F. Oeste de Minas até a erradicação da linha em 1984, sob a administração da Superintendência Regional 2 (SR-2) da RFFSA. De 1920 até a extinção do tráfego comercial e industrial da ferrovia na penúltima década do século XX, praticamente nada mudou em termos técnicos no funcionamento da ferrovia que observamos. O que mudou foram as administrações da mesma ao longo do tempo, o que pode ser observado nas fotografias das locomotivas ao longo do tempo.


A locomotiva nº1 em várias datas diferentes (de cima para baixo): 1880 (foto: BLW); década de 40 (foto: coleção Hugo Caramuru), 1980 (foto: RFFSA) e 2009 (foto: Jonas Carvalho). Vemos duas fases distintas: EFOM e RMV, esta máquina foi retirada de serviço na década de 1950.
A locomotiva nº5 em duas datas muito diferentes (de cima para baixo): 1887 (foto: BLW) e década de 70 (foto: coleção Hugo Caramuru). Ironicamente, esta máquina aparece justamente com a foto de nascimento e com a última antes de ser sucateada, são as duas únicas fotos até hoje encontradas com esta unidade.


A locomotiva acima também em datas diferentes (de cima para baixo): 1912 (foto: BLW); década de 70 (foto: coleção Hugo Caramuru), por volta de 1982 (foto: coleção Hugo Caramuru) e década de 90 (foto: autor ignorado). Vemos três fases distintas: EFOM, VFCO e RFFSA SR-2.



Estranhamente não encontrei fotografia desta na fase RMV, mas cá está (de cima para baixo): início da década de 30 (coleção ASPEF) e início da década de 90 (fotos: Hugo Caramuru)

É assim, através das pinturas das locomotivas, que descobrimos, mais ou menos, quando se dá a mudança das administrações da ferrovia, a passagem de uma empresa para outra.
Se a Oeste de Minas surge como companhia de capital privado no século XIX, pelas contas dívidas acumuladas e saldos negativos nas contas, com despesas que superavam as receitas ano a ano, ela entra o século XX como uma nova estatal, já que fora encampada pelo governo federal depois de decretada a falência em 1898, e arrematada pelo mesmo em 1903, em hasta pública.
Em 1931 o governo do Estado de Minas Gerais arrenda a estrada junto ao governo federal, o que é visível na pintura das locomotivas que passam a ser parte do sistema RMV-Oeste, o que corresponde a ser parte da E. F. Oeste de Minas, na divisão que tem também a RMV-Sul, correspondente à parte arrendada da antiga Rede Sul Mineira (Estradas de Ferro Federais - RSM).
Como parte da RMV também havia a divisão Sul, correspondente à Rede Sul Mineira: início da década de 30 (fotos: Viallet)
A Rede Mineira de Viação é iniciada com as administações distintas entre Sul e Oeste, mas logo ocorre a unificação do sistema, uma integração como tal. Isso se reflete na renumeração das locomotivas da rede, que passam a unificar toda a frota, numa fusão definitiva entre Oeste de Minas e Rede Sul Mineira (chamada Estrada de Ferro Sul de Minas quando criada a RMV). Por isso vemos tantos números diferentes para a mesma locomotiva. Se bem que a primeira renumeração se dá por causa do critério de rodagem das locomotivas. Quando adquiridas eram numeradas de acordo com a encomenda, seguindo a sequência de ordem cronológica, independentemente do tipo de locomotiva adquirida.
Na década de 1920, a Oeste renumera suas locomotivas de acordo com o tipo de rodagem, quais sejam: as do tipo American (4-4-0) recebem os números de um e dois algarismos (1 a 22); as Ten-Wheeler (4-6-0) recebem os números da série 100 (100 a 113), e as Consolidation (2-8-0) ficam com a série 200 (200 a 221). Com o advento da RMV, a série 100 passa a ser de 30 a 43, e a série 200 de 50 a 71.
Esses dados refletem a ausência de crescimento da malha em bitola de 0,76m. A própria numeração das locomotivas indica, ao menos aparentemente, não haver um projeto de ampliação da frota, reflexo da baixa importência econômica da região alcançada pelos trilhos da chamada "bitolinha".
As locomotivas 53 e 51 (de cima para baixo) foram unidades que sofreram baixa no período da RMV. Na imagem superior temos o último trem que partiu da estação de Pitangui, início da década de 60.
Em 1953 ocorre a devolução da RMV à União, em 1957 é criada a Rede Ferroviária Federal para administrar as estradas de ferro que pertenciam ao governo federal. Em 1965, em reorganização administrativa, a RMV é fundida à Estrada de Ferro Goiás (EFG) e à Estrada de Ferro Bahia a Minas (EFBM), passando a ser Viação Férrea Centro-Oeste (VFCO)., e depois 5ª Divisão Centro-Oeste.
As locomotivas 38 e 43 (de cima para baixo) estão entre as "sobreviventes" da EFOM. Fotos: Popó (38) e coleção de Hugo Caramuru (43).
Quando desativada a ferrovia, as quinze locomotivas operacionais já se encontravam pintadas no último padrão, o da RFFSA. Para a sorte dos que têm como hobby a apreciação de locomotivas a vapor, cá temos quinze exemplares guardados (nem todos inteiros, não custa lembrar).

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