Nós,
da Revista CATÓLICOS, utilizamos em nossa logomarca o símbolo do Tau,
muito empregado nas Ordens Franciscanas. Mas qual seu significado?
Conheça agora um pouco mais sobre o símbolo da Revista CATÓLICOS!
O Tau é a última letra do alfabeto hebraico;
a décima nona letra do alfabeto grego;
sinal bíblico usado pelo profeta Ezequiel:
a décima nona letra do alfabeto grego;
sinal bíblico usado pelo profeta Ezequiel:
“Chamou o Senhor Deus o
homem vestido de linho branco, que trazia à cintura os instrumentos de
escriba e lhe disse: percorre a cidade, o centro de Jerusalém, e marca
com um “T” na fronte os que gemem e suspiram devido a tantas abominações que na cidade se cometem.” (Ez 9,3-4)
Todo aquele que tinha sido assinalado com o “T” foi poupado do extermínio.
O Papa Inocêncio III (1160-1216) explica o sentido do Tau: “Tem a forma de Cruz; quem o traz consigo, vive sua fé.”
São Francisco teve grande veneração por esta letra, pois lhe lembrava o grande amor de Cristo por nós.
TAU, SINAL BÍBLICO
Existe
somente um texto bíblico que menciona explicitamente o TAU, última
letra do alfabeto hebraico, Ezequiel 9, 1-7: “Passa pela cidade, por
Jerusalém, e marca com um TAU a fronte dos homens que gemem e choram por
todas as práticas abomináveis que se cometem”. O TAU é a mais antiga
grafia em forma de cruz. Na Bíblia é usado como ato de assinalar. Marcar
com um sinal é muito familiar na Bíblia. Assinalar significa lacrar,
fechar dentro de um segredo, uma ação. É confirmar um testemunho e
comprometer aquele que possui o segredo. O TAU é selo de Deus; significa
estar sob o domínio do Senhor, é a garantia de ser reconhecido por Ele e
ter a sua proteção. É segurança e redenção, voltar-se para o Divino,
sopro criador animando nossa vida como aspiração e inspiração.
O TAU FRANCISCANO
O
TAU franciscano atravessa oito séculos sendo usado e apreciado. É a
materialização de uma intuição. Francisco de Assis é um humano que se
move bem no universo dos símbolos. O que é o TAU franciscano? É Verdade,
Palavra, Luz, Poder e Força da mente direcionada para um grande bem.
Significa lutar e discernir o verdadeiro e o falso. É curar e vivificar.
É eliminar o erro, a mentira e todo o elemento discordante que nega a
paz. É unidade e reconciliação. Francisco de Assis está penetrado e
iluminado, apaixonado e informado pela Palavra de Deus, a Palavra da
Verdade. É um batalhador incansável da Paz, o Profeta da Harmonia e
Simplicidade. É a encarnação do discernimento: pobre no material,
vencedor no espiritual. Marcou-se com este sinal da luz, vida e
sabedoria.
O TAU COMO IDEAL
No mês de novembro de 1215, o Papa Inocêncio III presidia um Concílio na Igreja Constantiniana
de Roma. Lá estavam presentes 1.200 prelados, 412 bispos, 800 abades e
priores. Entre os participantes estavam São Domingos e São Francisco. Na
sessão inaugural do Concílio, no dia 11 de novembro, o Papa falou com
energia, apresentou um projeto de reforma para uma Igreja ferida
pela heresia, pelo clero imerso no luxo e no poder temporal. Então, o
Papa Inocêncio III recordou e lançou novamente o signo do TAU de
Ezequiel 9, 1-7. Queria honrar novamente a cristandade com um projeto
eclesial de motivação e superação. Era preciso uma reforma de costumes.
Uma vida vivida numa dimensão missionária mais vigorosa sob o dinamismo
de uma contínua conversão pessoal. São Francisco saiu do Concílio
disposto a aceitar a convocação papal e andou marcando os irmãos com o
TAU, vibrante de cuidado, ternura e misericórdia aprendida de seu
Senhor.
USAR O TAU É LEMBRAR O SENHOR
Muita
gente usa o Tau. Não é um amuleto, mas um sacramental que nos recorda
um caminho de salvação que vai sendo feito ao seguir, progressivamente, o
Evangelho. Usar o TAU é colocar a vida no dinamismo da conversão: Cada
dia devo me abandonar na Graça do Senhor, ser um reconciliado com toda a
criatura, saudar a todos com a Paz e o Bem. Usar o TAU é configurar-se
com aquele que um dia ilumina as trevas do nosso coração para levar-nos à
caridade perfeita. Usar o TAU é transformar a vida pela Simplicidade,
pela Luz e pelo Amor. É exigência de missão e serviço aos outros, porque
o próprio Senhor se fez servo até a morte e morte de Cruz.”
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